“Se eu escrevo sobre o amor é porque ainda acredito nele”

uma carta para Deus.

terça-feira, 7 de junho de 2011
Pai, abraça-me. Atualmente, tudo dói. Cada lágrima que escorre pelos meus olhos, cada lembrança que passa em minha cabeça como um filme, cada parte de mim dói…Dói ainda mais por que era dele. Pertencia à ele, e agora pertence ao que fomos. Dê-me aquele abraço fraternal que só você sabe dar, aquele abraço que me conforta, que apenas escuta e nada diz. Apenas um abraço sendo abraço. Cuida de mim, ouça as palavras que escorrem pelo meu rosto em forma de choro. Abrace-me mais forte, preciso sentir que estou em casa, quero sentir o amor que foi tirado de mim. — Por que será que dói tanto, Pai? Eu só queria fazer parte, você entende? Eu só queria sentir, eu só queria poder estar ao lado dele, só queria ser parte dele. É pedir demais? — Pai, ajuda-me, por favor. Eu não sinto mais nada além dessa dor, além dessa solidão, além desse escuro sem fim.Eu estava feliz, de verdade, estava tudo perfeito. E o por quê disso ter acontecido? Por que? Eu não entendo… Não consigo aceitar. Então, abraça-me Pai, como se o mundo estivesse acabando, como se essa fosse a minha última respiração, como se esse fosse o meu último pedido. Me abraça?